tag:blogger.com,1999:blog-39275541579090464542024-03-13T21:44:04.637-07:00impressões digitaiscada qual no seu lugar naturalJuana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.comBlogger71125tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-80689358962256568632015-08-14T14:58:00.000-07:002015-08-19T16:08:56.211-07:00"Pouca fantasia para não fingir"Os anos que adquirimos com a idade levam nossas fantasias sabe-se lá para onde, mas ponho muita fé que para qualquer bodega não é. Me parece muito mais lógico e racional pensar que as fantasias não morrem em um abismo qualquer da nossa mente com o passar do tempo, mas habitam lugares desses que a gente sabe que existe, mas ninguém nunca viu. Certamente, as fantasias, ao encerrarem seu ciclo natural em nós, devem prontamente ir parar naquelas fazendas mágicas, onde vão os animais que sua mãe não explicou porque sumiram da sua casa, de repente, bem quando estavam velhinhos ou doentinhos. Devem talvez virar estrelinha, como querem as avós nas explicações para os netos de para onde vão nossos mortos. Imagino que as fantasias sejam cercadas de um cantinho acolhedor nessa atmosfera rarefeita que cerca os espaços do nosso esquecimento, de uma redoma de carinho, nessa aspereza amarga que paira na sala de estar da Dona Desilusão. Isso porque ando pensando muito que essa senhora está longe de ser essa mãe-chata-rabugenta-cruel que aprendemos a conhecer. Penso que, como os vários lados de uma mulher, a face mais interessante que a desilusão tem para oferecer a nossa alma pode ser admirada, saboreada, experimentada. Sei que minha forma ainda pequena de espírito não tem instrumentos suficientemente sofisticados para compreender os vão soturnos que desenham a desilusão, muito menos teria uma sensibilidade mínima que apreendesse seus sábios contornos. Mas, em algum lugar da minha também tímida inteligência de ser humano, algo me diz que há que se respeitar aquilo que desconhecemos e há que se deixar o desconhecido se aproximar de nosso campo magnético. Mais do que isso, suspeito fortemente que foi a desilusão que me levou, sem que eu me desse conta, pela mão, pelos vales mais espinhentos da solidão que recebe como bem-vinda a morte. Ouço sussurros então de que devo muito à desilusão, que um dia irei entender completamente porque devo agradecer a ela, com sinceridade no coração. Cada dia que passa tenho cá para mim que o amargo que a desilusão deixa na boca é como o amargor da cerveja: um paladar adulto vai encontrar um gosto de alívio nesse sabor.Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-53342458495234029242013-06-06T12:49:00.002-07:002013-06-06T20:50:07.299-07:00marias e madalenasE sobre o estatuto do nacituro eu penso da seguinte forma: 1 - toda vítima de agressão merece ser amparada pelos amigos, família, sociedade, inclusive pelo estado. É preciso que se veja prioridades orçamentárias para qualquer medida que desembolsará auxílio financeiro. 2 - Se a vítima for de estupro e isso tiver como consequência uma gravidez caberia à vítima a decisão de manter ou interromper a gravidez e ambas devem ser acolhidas e respeitadas e acho justo que a vítima tenha todo o amparo, inclusive financeiro do estado. 3 - Caso a vítima opte pela manutenção do filho, seja pelo motivo que for, inclusive por suas crenças, religião, essa opção deveria ser respeitada. Se não muda nada para a mulher que decide não ter o filho, se seus direitos de não tê-lo continuariam assegurados, qual o problema da que decide ter o filho receber um auxílio financeiro para criar esse filho? E não vejo nisso um privilégio a quem preferiu ter o filho, pois o dinheiro não é para sustentar a mãe, mas a criança (que nesse caso não seria mais um óvulo fecundado). 4- Pelo que eu entendi, infelizmente, não é essa a proposta do estatuto. Mesmo que modificado, o projeto, apesar de não impedir que a mulher vítima de estupro aborte (a mulher que optar pelo aborto ainda é amparada pela lei), é concebido pro princípios que servem à favor da criminalização do aborto, a qual eu sou completamente contra. 5 - A possibilidade do auxílio financeiro vir do agressor deveria ser uma opção da vítima e não uma imposição de lei nenhuma. Eu imagino que seria mais sensível e humano mesmo é que a mulher agredida pudesse escolher o que ela achasse mais confortável, mais justo, ou simplesmente menos dolorido de lidar na forma como ela irá receber esse auxílio. 6 - Enfim, achismos (que podem mudar inclusive) à parte, quero dizer que ando lendo discursos inflamados por aí que não me fazem sentir que as conquistas e os direitos da mulher estão sendo realmente levados em consideração, que me parecem mais guiados pelo velho fundamentalismo que não aceita as diferenças do outro. Para mim, interessa que as vítimas sejam amparadas (e, apesar de achar um instrumento necessário à organização social, pouco me interessa a punição dos agressores - a ideia de justiça que costuma estar atrelada à punição não me atrai, não me explica e não me conforta). Interessa que as mulheres tenham seus direitos, sua saúde e sua segurança priorizados em relação ao embrião, feto, ou bebê que esteja em gestação. Interessa que as pessoas e, principalmente, as outras mulheres possam respeitar esses direitos e lutar pelo amparo das que são vitimas de agressão. Esse respeito, para mim, começa inclusive na hora de "lutar" por ele. Não entendo as ofensas gratuitas. O uso de expressões como "bolo de células" para falar do óvulo fecundado certamente deve deixar as mulheres que são contra o aborto, mesmo que seja pela sua religião, mais apavoradas ainda com a possibilidade de interromper uma gravidez. Ou seja, mulheres conscientes dos seus direitos, progressistas, libertárias respeitam o direito das suas iguais, "lúcidas" como ela. Deixemos de lado as que são machistas, conservadoras, religiosas e escravas da nossa herança patriarcal, é isso? Essas devem ser desamparadas, ou não ter o nosso respeito às suas crenças ou escolhas? Sou contra o estatuto do nascituro pelo seu princípio, por tocar num assunto tão delicado, como o amparo às vítimas do estupro, de forma tendenciosa, mais preocupada com a normatização de uma moral religiosa do que com garantir direitos e proteção de fato ao ser humano. Sou contra porque o estatuto é um retrocesso em relação a conquistas relacionadas à legalização do aborto, que se faz urgente. Sou contra também argumentos que consideram que dar um auxílio financeiro à mulher que é vítima de estupro e quer seguir a gravidez seria uma maneira de criminalizar as que decidem pelo aborto. E, principalmente, sou contra manifestações que estão mais preocupadas em gritar que estão certas do que em explicar, discutir, refletir sobre o que pode ou não favorecer à mulher, todas elas: marias e madalenas.Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-50896157454601596212012-09-28T09:46:00.001-07:002012-09-28T10:15:36.656-07:00essa tal de liberdadeUm pensamento: aprendi desde muito cedo a usar minha liberdade (para o bem ou para o mal). Isso quer dizer que aprendi a usar e não a abusar. Tudo graças a minha mãe, que acreditou que eu podia fazer isso desde bem novinha mesmo. Como tudo na vida, essa aposta da doutora também teve seu preço (eu pago e ela também), mas eu digo a vocês que toda vez que eu vou tentar adentrar mais na natureza humana, especialmente a contemporânea (da minha geração, inclusive), eu penso que tenho um orgulho sem modéstia de estar pagando essa conta aí. Acho uma pena a herança do individualismo moderno que recebemos ter se tornado essa patética incapacidade do privado para dialogar com o domínio do público (e desconfio que vale um "e vice-versa" aqui). Em tempos de eleição essas considerações parecem ganhar ainda mais força, no entanto, podemos olhar ao redor, do nosso ladinho, nas mais íntimas relações, na mais próximas, nas mais familiares e as considerações continuam valendo, e como! Sem nenhuma intenção de fechar o discurso, de estar certa, me permitam apenas essa tentativa de conversa. Vou postar mais alguns links aqui relacionados.<br />
<br />
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/a-ascensao-conservadora-em-sp/<br />
<br />
http://palomaguedes.com/2012/09/24/onde-sao-paulo-vai-parar/<br />
<br />
http://sociotramas.wordpress.com/2012/09/17/supermercados-de-gente/<br />
<br />
E finalmente, obrigada, mãe!Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-14815548394285206042012-09-27T22:17:00.003-07:002012-09-28T10:24:18.899-07:00corações<span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: large;">Sobre esse mundo de desencontros e nossa busca quase quixoteana pelo amor, uma passagem hoje eu queria deixar registrada. Um amigo me falou de um projeto muito interessante dele que envolve arte digital, alguma matemática e, vejam só, amor. Eu tenho uma espécie de projeto também, só que é pessoal e mais se encaixa na definição de um hobby. Fotografo coisas em formato de coração que cruzam o meu caminho. E passei, aos poucos, a atribuir um sentido quase mágico a esse cruzamento do acaso com a minha interpretação, meu olhar que vê corações nas coisas do dia-a-dia. Até agora tenho dois: uma folha, em cima da qual eu pisaria por um milésimo de segundo e uma mancha de nódoa no meu único sobretudo preto, único que aguenta de verdade o frio paulistano. Voltando ao meu amigo, ele iria começar a me descrever o projeto e, não intencionalmente, a largada já foi uma metáfora muito apropriada para ambos projetos, o meu e o dele, assim como muito provavelmente para nossas vidas. E para a vida de quem não seria, me pergunto, melhor dizendo. Segue um trecho da conversa (sem nenhuma obrigação com a verdade, por favor):</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span>
<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 14px; white-space: pre-wrap;">VJ pixel: estou pesquisando corações</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 14px; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 14px; white-space: pre-wrap;">Juana: an???</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 14px; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 14px; white-space: pre-wrap;">Juana: ah, claro! </span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 14px; white-space: pre-wrap;">eu tenho uma foto de uma folha em formato de coração, serve?</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 14px; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 14px; white-space: pre-wrap;">VJ pixel: e</span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; line-height: 14px; white-space: pre-wrap;">stou procurando algo mais...</span></span><br />
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">pixel</span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Vj pixel: mas pode servir pra outra coisa!</span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Vj pixel: digo, é uma boa coincidência que pode virar algo :) <a href="http://pinterest.com/vjpixel/pixel-art/" rel="nofollow" style="cursor: pointer; text-decoration: none;" target="_blank">http://pinterest.com/vjpixel/pixel-art/</a></span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Juana: qd vc escreveu "pesquisando corações" achei engraçado pensar no sentido metafórico, pois talvez fizesse sentido pra vc tb...</span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Vj pixel: não havia pensado nisso</span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Juana: vou escrever sobre no meu blog, certo?</span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Vj pixel: sim!</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: separate; color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: large; line-height: normal; white-space: normal;">E aí está, portanto. Linhas que incidem sobre outras que incidem sobre outras e assim vão, formando essa teia de pequenos encontros sobre amor, por amor, de amor, enfim... </span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: separate; color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: large; line-height: normal; white-space: normal;">Um dia outro amigo querido me falou sobre uma pesquisa-brincadeira dele e outro amigo que se chamava "antropologia do amor". Certamente não me lembrarei aqui do que se tratava mesmo, mas lembro que ele me contou isso por um "encontro" também de pensamentos. Eu falava sobre minha hipótese do amor correspondido como a única possibilidade de amor na sua essência (essa daí eu deixo a explicação para outra hora, outro texto) e ele me explicou essa tal de antropologia do amor! Me lembro de ter sido legal falar disso, mesmo que estivéssemos na verdade sendo completamente ridículos, ou infantis, ou bobos mesmo. Era mais um encontro, dos tantos, dos raros, de amor!</span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: separate; color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: large; line-height: normal; white-space: normal;"><br /></span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: separate; color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: large; line-height: normal; white-space: normal;"><i>"eles partiram por outro assuntos, muitos</i></span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: separate; color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: large; line-height: normal; white-space: normal;"><i>mas no meu canto estarão sempre juntos, muito</i></span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: separate; color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: large; line-height: normal; white-space: normal;"><i>(...)</i></span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: separate; color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: large; line-height: normal; white-space: normal;"><i>qualquer maneira de amor vale o canto</i></span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: separate; color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: large; line-height: normal; white-space: normal;"><i>qualquer maneira me vale cantar</i></span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: separate; color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: large; line-height: normal; white-space: normal;"><i>qualquer maneira de amor vale aquela</i></span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: separate; color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: large; line-height: normal; white-space: normal;"><i>qualquer maneira de amor valerá"</i></span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: separate; color: #444444; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: large; line-height: normal; white-space: normal;">(paula e bebeto - milton nascimento)</span></div>
<div class="fbChatMessage fsm direction_ltr" data-jsid="message" style="border-collapse: collapse; direction: ltr; line-height: 14px; margin-bottom: 3px; text-align: left; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;">
<br /></div>
Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-38770071670962995802012-09-16T06:26:00.000-07:002012-09-16T06:26:13.346-07:00drinkandoeu vinho, tu vinhas, ele vinha...<br />
<br />
(só que não vem mais)Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-49189664603207197662012-09-15T18:50:00.001-07:002012-09-16T06:24:44.810-07:00chame como quiser(suspiros de sábado à noite)<br />
<br />
Estou com uma leve dor de elevador. Meu pai deu esse nome a essa coisa que a gente sente que sobe e desce da garganta ao estômago, sabem? Mas ele costumava chamar isso de uma emoção que podia ser boa até. Ele dizia: "filha, quando eu te vejo chego a sentir dor de elevador". É tão bom lembrar disso... mas eu não estou sentindo uma emoção do tipo nessa minha dor de elevador. Só sei que sobe e desce, como elevador também. Mas não há nenhuma expectativa feliz nela, também nenhuma pista de melancolia. Tem alguma saudade, eu percebo. Um vazio onde a saudade pode caber direitinho, apesar de ser essa a emoção mais identificável no meio de centenas de outras que eu talvez não saiba o nome, ou talvez não tenham nome mesmo. Mas aperta e aperta. E falta. Falta demais. É falta demais! Já me perguntei se era só o buraco sem fundo que eu tanto já conheço. Aquele poço escuro cheio de eco que me é tão familiar. Dessa vez acho que não. Me parece mesmo é que algo muito importante, pelo qual eu tinha delicado afeto, me foi roubado. Nenhuma agressão constatada, mas a esperança que estava aqui ficou bem machucada. Um caso complicado, mas, vejam bem, suspeito quem seja o culpado. Sigo as marcas que ele deixou pois elas estão espalhadas em tudo que me tornei, por todos lugares que eu cheguei. Não quero prendê-lo ou confrontá-lo, muito menos colocá-lo no banco dos réus, isso não. Quero entender seus motivos, fazer dele meu amigo, perdoá-lo por todos seus crimes. Quero desvendar seus disfarces, permitir seus mistérios, nas esquinas onde ele se esconde, me encontrar. O nome dele eu não irei revelar pois tenho a convicção de que todos o sabem, preferem, no entanto, não pronunciar. Talvez pelo medo que ele se vá carregando os sonhos que cada pessoa ainda tinha para sonhar. Ele (ou será ela?), meu suspeito, há de um dia se confessar. Eu espero, eu torço, eu acredito. Esse dia fará sol e terá cheiro de limão. As casas estarão de portas abertas sempre e as pessoas cantarão juntas uma mesma melodia improvisada. Assim eu imagino.Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-71252827234581348172012-02-22T10:54:00.001-08:002015-08-14T09:52:47.893-07:00marcasSenso comum e batido a idéia de que tudo passa. Ela me contou, no entanto, que quando aquele seu ex amor a deixou, ela se humilhou, implorou, chorou tudo o que podia chorar. Ele deu as costas, viajou, abusou e não mais assumiu como seu o amor que já tinha sido dela. Ela aceitou as migalhas, o pouco que ele lhe dava. Nesse meio tempo, ela conheceu alguém disposto a lhe dar mais. Algo, provavelmente, mais perto do que ela merecia (e digo isso porque não conheço de forma tão íntima o sentimento dos envolvidos). O ex amor ameaçado a procurou propondo até casamento! Sim, tudo passa. Muitas vezes só passa. Muitas vezes com essas reviravoltas surpreendentes. Mas o eco que ficou na minha cabeça, por dias, depois de ouvir a história dela, foi a súplica que ela fez, no auge do seu desespero, ao ouvir do seu analista a sentença de que aquela dor passaria: "me diga um dia, uma data, um prazo..."Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-10001547962973350812012-02-06T19:05:00.001-08:002012-02-18T17:31:24.117-08:00a passagemEla era muito pobre e por isso ele não gostava dela. Ele gostava de mulheres ricas. Da beleza das ricas, do cheiro e do olhar daquelas que podiam mais, como ele mesmo gostaria de poder. Ali, naquelas mulheres, ele projetava seus sonhos de ser o homem que ele gostaria de ser, que ele haveria de ser...<br />
Ela foi embora, portanto. Afinal não havia nada mais ali que segurasse seus braços, que pedisse o seu abraço, nem nada que desejasse seus beijos. Seu corpo era da cor das estrelas daquela noite. Seu céu tinha sombras de luar e seu caminho nada além de penumbras. E era assim que seria. Assim ela iria passar.Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-54159297192760186382012-01-03T10:12:00.000-08:002012-01-03T10:23:44.159-08:00Amor só se ama junto, ou feliz 2012!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-0QxHdRjOHpg/TwM3wa7gC7I/AAAAAAAAAFI/EzXwt8gwhQI/s1600/amuletos.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/-0QxHdRjOHpg/TwM3wa7gC7I/AAAAAAAAAFI/EzXwt8gwhQI/s320/amuletos.jpg" width="320" /></a></div>
2012 chegou enfim! Eu creio que seja difícil que alguém passe imune ao apelo do signo de um novo começo, mesmo para os mais racionais, os que sabem (diferente daqueles que se entregam às comemorações de ano novo. Esses não sabem, é claro - isso foi uma ironia e eu explico porque sei que sou péssima na construção de ironias e vocês podiam não entender) que o caledário é uma invenção do homem, portanto, não haveria nenhum começo de coisa alguma numa dimensão cósmica, não é isso? Pois bem, não creio que mesmo esses não pensem ao menos em planos a serem realizados no ano que se inicia. Aliás, deve ter gente que não pensa em nada mesmo, porque tem todo tipo de pensamento e de comportamento nesse mundão de meu Deus!<br />
O que importa para mim é que muitas, mas muitas pessoas mesmo estão sintonizadas, nesse dia da virada, em torno dos signos da renovação e dos desejos. O que eu acredito é que a força dessa energia junta abala qualquer universo, inclusive os que existem nas cabeças mais cartesianas por aí. O que eu sinto é que a sensação, mesmo ilusória, de um novo recomeço é uma das maiores responsáveis pelo abastecimento do nosso depósito de fantasias interior. Explico: querem coisa que alimente mais a imaginação de um artista que uma tela em branco? Ali nascerá um novo quadro, um novo filme, um novo poema, uma nova música. É isso que eu vejo de mais interessante nas comemorações de ano novo. Aliás, essa sensação é a que, para mim, movimenta a minha vida. Mais do que das concretizações, eu gosto desse momento das possibilidades. Provavelmente porque eu sou uma sonhadora inveterada, coisa que também não é lá das melhores de ser. Mas confesso a vocês que a tal tela em branco, o mundo de possibilidades me deixa encantada, em um estado de espírito ímpar. É quando eu me sinto melhor comigo mesma, mais corajosa, esperançosa, cheia de brilho. Por isso as mudaças de ano sempre me são muito caras. Gosto de comemorá-las, de fazer os rituais, de estar na praia, de ver fogos, de sonhar... Esse ano, em especial, eu cumpri vários ítens que eu enfiei na cabeça que trariam bons ventos para 2012. Eu pedi coisas que eu desejo muito e pedi também ajuda para que eu faça por merecê-las. Desejei coisas para mim, não vou mentir para vocês. Mas tem algo que eu acredito muito, mais até do que creio nas realizações dos desejos que pedimos para o ano novo, que é no princípio da coletividade. Me acompanha o pensamento de que ninguém pode ser muito feliz em cima da infelicidade de outrem. Desse mesmo pensamento deriva o que me leva a crer que não adianta desejar aquilo que vai ser bom para poucos. O que será melhor de fato em qualquer situação é sempre o que será melhor para um maior número de pessoas possível envolvidas. É nisso que eu acredito. Assim, meus votos para 2012 para todos vocês não são de que seus desejos se realizem, nem os meus, mas que nossos desejos estejam de acordo com uma ordem do amor, e se realizem em um mundo mais justo, mais harmônico, mais colaborativo. Que as bençãos desse ano que chega nos encontrem a todos e juntos! Mais amor em 2012 e sempre!<br />
Com carinho para todos vocês,<br />
<br />
Juana<br />
<br />Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-37224005716271845252011-11-19T19:51:00.001-08:002011-11-19T19:59:57.303-08:00essas são minhas<br />
<div class="MsoNormal">
Ok. Cheguei no espírito de fazer meu top list musical depois
de três (apenas) chopps no pub e a barriga vazia... Percebi que é impossível
fazer um top 10, vou tentar fazer um mais livre: sem limite de colocações e nem
hierarquia, mesmo assim é tarefa difícil, viu? Vamos lá:</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="EN-US">Black</span></b><span lang="EN-US"> – Peral Jam: “ I know someday you1ll have a
beautiful life, I know you’ll be a Sun in somebody else sky, but why, why can’t
it be, why cant it be in mine?”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="EN-US">Angel of the morning</span></b><span lang="EN-US"> – versão com <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Nina Simone</b>, por favor!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Come Here</b> - Kath Bloom – cena
do filme: MUITO IMPORTANTE - <a href="http://www.youtube.com/watch?v=nQpYHiB0k6k">http://www.youtube.com/watch?v=nQpYHiB0k6k</a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="EN-US">Everyday is like
Sunday</span></b><span lang="EN-US"> - Morrissey – o refrão, claro! </span>Favor cantar
gritando ;)</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="EN-US">Please Let me Get What
I Want</span></b><span lang="EN-US"> - The Smiths
– Importante: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ouvir no vinil.</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Acontece</b> – Cartola – “se eu ainda pudesse fingir que te amo... ah,
se eu pudesse! Mas não posso, não devo fazê-lo, isso não acontece”</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Vampiro</b> - Jorge Mautner – “...você é o estandarte da agonia. Que tem
a lua e o sol do meio dia.”</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Estrada de Canidé</b> – Luís Gonzaga – “<span class="apple-style-span">Vai
oiando coisa a grané. Coisas qui pra mode vê, o cristão tem que andá a pé</span>...”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<span class="apple-style-span"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Cuteitelinho</b> – com Nara Leão – destaque
para: a última estrofe inteira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="EN-US">Luka</span></b><span lang="EN-US"> – Suzanne Vega – “<span class="apple-style-span">I think it's because I'm clumsy, I try not to talk too
loud. Maybe it's because I'm crazy, I try not to act too proud</span>…”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<span class="apple-style-span"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="EN-US">Harvest Moon</span></b></span><span class="apple-style-span"><span lang="EN-US"> – Neil Young – “ because Im still
in love with you, I wanna see you dance again…”<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<h1 style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Out on a Weekend<span style="font-weight: normal;"> – Neil Young
de novo – sei lá, não consegui deixar essa de fora… coisa pessoal demais, maybe<o:p></o:p></span></span></h1>
<h1 style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal;"><o:p> </o:p></span></h1>
<h1 style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Wish
Fulfillment<span style="font-weight: normal;"> - Sonic Youth – essa frase: “</span><span class="apple-style-span">Its such a mess now anyway. Wish Fulfillment everyday” </span><span class="apple-style-span"><span style="font-weight: normal;">é uma dos desabafos mais genuínos e fidedignos
que eu já ouvi...<o:p></o:p></span></span></span></h1>
<h1 style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span class="apple-style-span"><span style="font-size: small; font-weight: normal;"><o:p> </o:p></span></span></h1>
<h1 style="line-height: 19.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="apple-style-span"><span lang="EN-US">Who are You</span><span lang="EN-US" style="font-weight: normal;">– Tom Waits – “don’t you know
this is a war? Tell mewho are you this time?”</span></span><span lang="EN-US" style="font-weight: normal;"><o:p></o:p></span></span></h1>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="EN-US"></span>A letter to Elise/ Pictures of you</b><span lang="EN-US"> – The Cure <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="EN-US">Love will tear us apart</span></b><span lang="EN-US"> – joy division<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Por enquanto é isso…. Foi o que eu lembrei, mas COM CERTEZA
deixei alguma coisa muito boa de fora que
só vou lembrar depois. Vale dizer que aqui é uma lista de músicas. Algumas
bandas estão aí por causa de uma única música como Pearl Jam, por exemplo. ou
figuras que definitivamente eu não gosto de mais nada, como Suzanne Vega. O
contrário também: Morrissey, Smiths, Cure, Neil Young - MUITO difícil pensar em
uma música só. E também rolou coisas assim: AMO Pixies, mas não consegui nenhuma música para encaixar aqui...
provavelmente ninguém vai entender essa lógica, mas eu quis registrar assim
mesmo. Playing with myself again</div>Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-69500000427875875032011-10-28T12:44:00.000-07:002011-10-28T12:45:08.808-07:00mesmices<br />
<div class="MsoNormal">
Eu, que não tenho iphone, ipad, inada, tenho um modelo mais
antiguinho do ipod. Retomei o uso dele há mais ou menos um mês (quando voltei a
fazer exercícios físicos - um clássico) e percebi como estava com saudade dele
assim, só depois de voltar a usá-lo. Tenho dessas. Percebo saudades no momento
em que estou justamente, ou supostamente, matando ela. Pois bem, estou aqui,
falando do ipod, que é antiguinho no modelo, para dizer que antigo também é o
que está lá, guardado nele. Assim, no estilo veinho por dentro e por fora. E
quando eu volto a pensar no meu ipod sempre protelo em pegá-lo, pois fico
imaginando que eu deveria atualizá-lo, por novas músicas, trocar algumas e
tals. Ah, que trabalho chato! Deixo pra lá. Quando eu resolvo pegar ele, do
jeito que está mesmo, e começo a ouvir meus velhos “disquinhos”, então entendo
tudo. Tudo! Entendo porque eu fico protelando para atualizá-lo, porque eu largo
ele de tempos em tempos, porque eu acho um saco trocar os arquivos de música. Entendo
mais sobre mim mesma, podem acreditar. Vocês podem não querer saber (então
parem de ler aqui, agora. Depois não digam que não avisei), mas eu sou essa:
não fico querendo descobrir novos sons, novos artistas, novos discos. Não quero
saber nem dos discos novos dos artistas que eu gosto. Aceito surpresas, é
claro. Mas não procuro. Não mesmo. Tem que ser muito insistente a novidade pra
chegar até a mim. Lembro que com a amy wine house eu cheguei ao absurdo de não
querer ouvir, mesmo quando uma amiga colocava e dizia: “- ouve”. E olha, acho
que nunca consegui me abrir de fato para ela como poderia ser, se eu não fosse
eu. Digo isso porque intuo que poderia me entregar bem mais à Amy se fosse tudo
uma questão de gosto apenas. Mas não. A questão aqui é bem mais complexa.
Trata-se de uma alma, para meu desgosto, irremediavelmente fiel. Uma fidelidade
ridiculamente canina, sabem? Por favor, me deixem com meu velho repertório
musical! Mal consigo dar conta dele, por que coisas novas??? (claro que eu sei
porquê, mas por que???). Antes que vocês comecem a me crucificar e me cuspirem
pelo meu embotamento musical, pelo meu parco conhecimento, que quer se fechar
em seu cantinho aconchegante ao invés de explorar novos horizontes, ampliar as
“portas da percepção”, deixa eu tentar me explicar. Música, para mim, é como o
amor. Gosto das redescobertas. Um jeito de sorrir que eu não tinha reparado
antes. Um solo que tinha me escapado. Um olhar distante: “-no que será que ele
está pensando?”. Um verso que, de repente, passa a fazer um novo sentido. Penso
que reconquistar alguém é muito mais difícil que conquistar pela primeira vez. E
penso também que se permitir ser reconquistado (a) é uma tarefa não mais fácil.
Permitir que antigas canções me reconquistem tem esse gostinho: de realizar uma
tarefa difícil, que às vezes parece até impossível. Não estou querendo dizer
que a chegada de novas canções impeça esse momento. É que para mim, fica mais
difícil quando eu me perco em mundos de novos estímulos, conseguir me perder
nos estímulos conhecidos. E, vou dizer, eu ADORO me perder nos estímulos
conhecidos. Eu amo me apaixonar novamente pela mesma pessoa.</div>Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-52945467543064768482011-10-08T19:30:00.000-07:002011-10-08T19:41:35.519-07:00metamorfoseGuarde pra você tudo que mais lhe incomodar. Guarde o que te deixa indignado, desesperado, machucado. Guarde, mas bem guardadinho e não deixe ninguém nunca ver. Esconda de um jeito que mesmo que futuquem (e vão futucar), que escarafunchem, mesmo que roubem o seu diário, mesmo que devassem o seu armário, ainda assim nada se possa encontrar. Bem escondidinhas suas mágoas devem estar em seu casulo a se preparar. Elas se alimentarão de lágrimas, de sonhos, dias de solidão... Numa manhã de chuva, daquelas finas, que surpresa todos terão!<br />
<br />
"Borboleta pequenina venha para nos salvar, venha ver quanta alegria que hoje é noite de natal"Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-32977640629259800772011-10-03T21:24:00.000-07:002011-10-04T11:11:07.815-07:00nem hora, nem lugar<br />
<div class="MsoNormal">
E quando os oráculos passam a interessar, as canções de ninar,
a história que ninguém mais viu passar, o olho que segue o chão, a roupa
folgada pra aconchegar, o canto do sofá... é quando a vida segue em espaços
errantes, em tempo de ninguém e as horas não servem mais para marcar. As
lembranças se amontoam em um compasso estranho, mas que, de alguma forma, é
sempre familiar. E a música é calma, é doce, mas nunca melódica. Carecem de
melodia as músicas desse lugar, nessa hora. É preciso que alguém chame por
elas, que alguém grite o seu nome. - Música! Então, se faça a música. Preencha
o lugar. O peito está vazio, é morada de quem chegar. – Música, vem cá! </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas para chorar não. Chora-se em silêncio.</div>
Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-41090475181651009462011-09-17T10:17:00.000-07:002011-09-17T10:17:37.672-07:00Não sei o que eu faço para achar de volta a minha vontade de escrever aqui que se perdeu em alguma gaveta do meu armário das desilusões....Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-5196907391175277352011-06-29T08:02:00.001-07:002011-06-29T08:14:50.600-07:00pistas<p class="MsoNormal">O que faz a gente ficar com uma música grudada na cabeça, alguém já tentou se perguntar isso quando acontece consigo? Claro que já, né? Ou não? Bem, eu, que tenho a tendência de me perder horas e horas tentando entender coisas absolutamente inúteis na vida prática, já pensei várias vezes e tenho algumas considerações para dividir na tentativa de saber mais do assunto. Na verdade, não penso exatamente sobre o que faz grudar uma música na cabeça, porque, não sei se vocês já repararam, mas, pelo menos comigo, o que acontece com freqüência é ficar com uma frase da música na cabeça, ou seja, muito mais chato, é claro. Agora, nesse exato momento, estou pensando em “amanheça de cabeça dentro dela” que ouvi no clipe divulgado com vários outros clipes caseiros da dupla Miranda Kassim e André Frateschi, nesse link aqui quem quiser ir ver <a href="http://www.mirandaeandre.com.br/">http://www.mirandaeandre.com.br/</a>. Mas esse é apenas um exemplo recente. No geral, o que acontece pode ser resumido em:</p> <p class="MsoNormal">1 – não se trata de gostar ou não da música, ou da letra - algumas músicas que ficam na minha cabeça eu amo, outras eu odeio, outras não fedem nem cheiram, é fato.</p> <p class="MsoNormal">2 – Não se trata da novidade. No caso desse exemplo, realmente acabei de conhecer, mas muitas vezes músicas antigas ficam martelando uma mesma frase na minha cabeça sem parar, a ponto de acabarem parando nos meus sonhos e tudo.</p> <p class="MsoNormal">3 – Não creio que tenha a ver com a pegada pop, pois, ao menos comigo, e no caso de frases (não da musica inteira), já experimentei esse fenômeno tanto com as mais popularescas quanto com as mais obscuras, então...</p> <p class="MsoNormal">Penso que tudo isso tem a ver com processos psíquicos inconscientes. O que eu tenho matutado aqui, com meus botões é que a tal frase que fica na cabeça é uma pista, uma ponta de um novelo a ser desvendado para segredos sobre mim que eu mesma desconheço. Creio que ela fica insistindo na cabeça porque casou, colou com algum conteúdo que está lá guardado de mim mesma por alguma razão que eu também não sei. Como eu tenho uma queda forte por essa brincadeira de detetive no intangível e improvável mundo dos pensamentos, mais precisamente no reino governado por uma distinta senhora que chamamos Psique, adoraria desvendar cada pista que chega até a mim. No entanto nunca ocorreu que obtivesse sucesso nas minhas empreitadas. Não sei se por falta de mais pistas, ou se, talvez, eu esteja lidando com hipóteses descabidas, ou fracas talvez. “Amanheça de cabeça dentro dela” acordou comigo hoje. Até o final do dia estarei tentando descobrir o que essa frase quer realmente me dizer, “de cabeça dentro dela” para não perder a chance de um trocadilho infame. </p>Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-5814778946617654262011-06-26T11:44:00.000-07:002011-06-26T11:45:48.416-07:00a boca<p class="MsoNormal">- Eu acho que sei porque você gosta dela...</p> <p class="MsoNormal">- Então, me diga.</p> <p class="MsoNormal">- É que vocês têm uma boca parecida.</p> <p class="MsoNormal">- A boca? Mas o que parece, o formato?</p> <p class="MsoNormal">- Também, o formato também parece. Mas tem uma sensualidade na boca que vocês duas têm igual.</p>Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-25554784269827414262011-06-14T21:01:00.001-07:002011-06-14T21:01:49.521-07:00confiança<p class="MsoNormal">- Jura que você não vai perguntar aonde eu fui, com quem eu estava... nada?</p> <p class="MsoNormal">- Não, eu confio em você.</p> <p class="MsoNormal">- Jura?</p> <p class="MsoNormal">- Claro, você não?</p> <p class="MsoNormal">- hum... não.</p>Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-66199005669543337832011-04-25T19:14:00.000-07:002011-04-25T19:20:51.609-07:00contos parte IIIE a princesa resolveu se casar então com o bobo da corte. - Ironia, você me será fiel até que a morte nos separe? O bobo não tinha então opção. E assim a princesa viveu feliz para sempre...Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-3629867339440496522011-04-11T21:02:00.000-07:002011-04-11T21:03:14.075-07:00contos parte I e II<p class="MsoNormal">A princesa e o bobo da corte. Parte I</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Seria capaz da fidelidade eterna, de só ter olhos para o seu príncipe se pudesse ter a garantia que ele também assim o seria, disse a princesa consigo mesma. Mas disse em voz alta, pois eram pensamentos que escapavam pela boca. O bobo da corte que estava ao seu lado não pode deixar de ouvir. Como todos sabem, os bobos da corte não costumam ser assim: bobos. E como todos sabem também, não há reinos possíveis sem seus bobos. O bobo tinha nome. Nome fantasia, mas todos o conheciam por Ironia, como gostava de ser chamado. Ao ouvir os pensamentos da princesa o bobo reage.</p> <p class="MsoNormal">- Tens sentimentos nobres, próprio da realeza a que pertences, minha cara, mas és tão tola quanto qualquer plebeu. Não há paixão na previsibilidade, disse o bobo. Caso tu suportastes essa condição tão inglória, certamente não suportaria a opacidade que receberias na recíproca do teu amor. </p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">A princesa e o bobo da corte. Parte II</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Se recolhendo aos seus aposentos a princesa pede ao bobo que a deixe em paz: - Ironia, preciso descansar agora. Então o bobo lhe fez a reverência e disse se retirando: - Descanse, minha princesa. Assim que despertar, eu aqui novamente estarei.</p>Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-60110188377430859802011-04-05T07:59:00.000-07:002011-04-05T09:05:37.381-07:00tomaz e valentinaEu sei que sou uma mãe besta, coruja, manteiga derretida, enfim, todos esses adjetivos que costumamos atribuir aquelas pessoas que ficam meio embotadas do pensamento quando o assunto trata de seus rebentos. Essa embotada sou eu, muito prazer! Mas aqui, do alto da minha corujice mais aguda, quero perguntar a vocês se alguém pode me condenar por meu mais absurdo derretimento. Tenho duas crianças lindas e vou começar falando do meu menino. Porque ele está aqui do meu lado, falando sozinho enquanto joga e sendo o que ele mais sabe ser nessa vida: lindo e muito, muito charmoso. Ele fala como se fosse o herói dos jogos e pergunta ao inimigo: "ah, você quer dançar? Então vamos dançar!", assim do jeitinho que o homem-aranha faz. Ele tem o olhar fixo na tela, os cabelos grandes com cachos grandes e douradinhos e uma boquinha de moranguinho, vermelhinha e bicudinha, linda. "Eu tô ganhando, olha mãe!". Outro dia ele era um gordinho, tão pequeno que mal sabia falar mamãe. Um gordinho que demorou pra andar e quando o fez saiu andando como se sempre soubesse como se fazia. Ele chamava água de "adum"e hoje está aqui matando os mais terríveis vilões do planeta, vejam só! Ele sempre inventa alguma coisa pra protelar ao máximo ter que fazer qualquer uma das coisas que ele não gosta: comer e lavar a cabeça, por exemplo. Outro dia ele disse a avó que existia um lugar que ninguém precisava comer e quando a avó perguntou de que viviam as pessoas em tal lugar, ele respondeu que viviam de sobremesa. Ele tem esse mundo só dele mas ninguém pense que ele lá se isola. Ele sempre quer alguém pra entrar nesse mundo cheio de vilões, sobremesas, heróis, lutas, cambalhotas, cabanas de lençóis e de super transformações junto com ele. Todo dia haveria uma história diferente pra ser contada no mundo de Tomaz. A gente é muito chato porque várias vezes perde a paciência quando o mundo de cá, esse mundo de escola, de almoço, janta, dormir, de pais na rua, pais trabalhando, irmã chorando fica no meio do caminho, entre Tomtom e sua eterna brincadeira. Se tudo pudesse ser uma brincadeira, meu filho estaria sempre feliz. E ele cresce tão rápido! E tá virando um magrelinho. E nunca quer comer, nunca! "Olha o bala de canhão, mãe! Era meu alien favorito quando eu era bebê!". Ele já fala do passado, quem aguenta? E agora vem uma menininha que ainda é uma pequena lombriguinha. Uma lombriga linda, sem brincadeira. Ela fala "mamã" pra qualquer coisa, cai com a cara no chão toda vez que tenta engatinhar e fica lá chorando até que alguém a tire daquela situação embaraçosa. Quando tenta ficar em pé, as pernas tão gordinhas e cheia de dobrinhas só conseguem ficar tortinhas. Tão linda tortinha! Ela cresce rápido também e daqui a pouco vai estar correndo, falando e argumentando com a gente, assim como o irmão. Ela parece que vai ser um pouco mais agressiva que ele pois ela grita alto sempre que está contrariada. Isso, no entanto, pode mudar muito ainda. Ela fica tão feliz quando eu apareço que me dá vontade de aparecer sempre. Ainda sabemos pouco de Valentina. Só que ela é linda e conquistadora. Sabemos que ela parece saber bem o que quer. Ela parece adorar Tomaz. Adora passear na rua. Quando dorme no meu braço eu fico beijando ela sem parar e sinto meu coração se derreter todo e que eu ficaria ali abraçada a ela pra sempre. Quando eles vão dormir é quando eu sinto a dimensão desse meu amor que nem cabe no meu entendimento. Tomaz e Valentina. Tomaz e Valentina! Tomaz e Valentina pra sempre!Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-46449411716671275062011-03-20T13:17:00.000-07:002011-03-20T13:22:21.788-07:00tomaz explica o mundo<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 16px; ">Meu filho tem realmente as conversas mais intrigantes do mundo comigo. Agora ele deu pra falar volta e meia quando estamos andando na rua, uma frase assim: "mamãe, o planeta está mostrando a gente". Eu sempre peço pra ele me explicar e hoje ele me veio com uma explicação no mínimo curiosa: </span><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 16px; ">Tomaz - É que o planeta escolhe umas pessoas pra mostrar e ele escolheu a gente. </span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 16px; ">Eu: - É? A gente quer dizer só eu e você? </span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 16px; ">Tomaz: - É. E se alguém chegar perto da gente, ele mostra também. Entendeu, mãe? Entendeu como funciona o mundo? </span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 16px; ">Eu dou risada e digo: "tô tentando filho, tô tentando..."</span></div>Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-13324533870500142982011-02-26T17:24:00.000-08:002011-02-26T17:26:18.342-08:00desejos<p class="MsoNormal">Não querer é assim: a coisa que a gente mais tem medo nesse mundo. A morte não se teme, meu senhor. A morte não. As coisas de Deus são assim como são. A seca do solo da vontade é que mata o cultivador. Árvore sem frutos, a maçã colhida. Já tinha o paraíso e o fruto proibido do desejo não se deve ter. É o objeto que brinca, que escorrega, que some bolha de sabão no ar e plic, desaparece ao se tentar tocar. Deixa voar, deixa escapar, é assim o viver. Abre a boca e fecha os olhos, adivinhe onde está? Pique-esconde vai procurar! Corre! Vai pegar! Não, amigos, eu não tenho medo da morte. Tenho medo é da hora da brincadeira acabar...</p>Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-77096451879976819922010-12-13T11:01:00.000-08:002014-08-12T15:53:31.979-07:00chove enquanto minha filha dormeCaem raios e soam trovões, lá fora um mundo de perigos. ela dorme no berço, gripadinha, cafungando o nariz abusado que chateia o soninho embalado pela cantiga da chuva. e está escuro aqui dentro. escuro como um céu sem dia, nem noite. escuridão de hora nenhuma, dessas que reclamam solidão e se escondem atrás do armário das lembranças. ela dorme ainda. tem um travessiro rosa-salmão ou pêssego, não sei ao certo, em uma das mãos e outro que lhe apoia as costas. ela sonha, será? sonhos com trilha de chuva e nuvens pêssego. a chuva vai fraquejando. som dos pingos finais do concerto em um delicado gotejar, aqui e acolá. será que ela acorda? que desperte iluminando esse dia cinza e as penumbras que habitam os cantos do meu coração.Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-64636773040263827922010-12-08T17:22:00.000-08:002010-12-08T17:42:21.091-08:00só lágrimasLágrimas são bichinhas impertinentes. Elas escorrem a maquiagem, mareiam as vistas, caem no papel, revelam segredos... coisinhas impertinentes as lágrimas. A dor, o amor, a vida, a morte, o riso, o choro, o sono, o despertar, a lágrima. E vem de lá. Põe um colírio para disfarçar. Pode chover, pode gripar. Conjutivite! - O que você vai falar? Chora e não sai lágrima. Viu só? Im-per-ti-nen-te. Secaram... Era um rio azulzinho, mas misturou com o mar. Acabou a água. -Você vem ajudar? Para, para, para! Passou, já passou. As lágrimas foram feitas para alguém enxugar. São as águas dos olhos que se precipitam no olhar. Molham a alma e aquecem um peito. Lágrimas me consolam e me ajudam a dormir.Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3927554157909046454.post-51602844426461211252010-11-30T16:29:00.000-08:002010-11-30T16:30:36.476-08:00após a notícia de uma morte<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; ">pensando sobre questões de transcendência e imanência me descubro um ser mais materialista do que gostaria...</span>Juana Dinizhttp://www.blogger.com/profile/13688711890146874333noreply@blogger.com0