sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Diálogos # 1

- Mamãe!
- É o que Tom?
- Mamãe, mamãe!
- Sim, filho!
- A-ga ma piu pou coco
- Claro, filho!

(o amor é poliglota)

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

A.

16/05/2008


Ontem errei o meu destino quando fui encontrar uns amigos num bar da Augusta à noite. Me chamaram para um lugar que seria ao lado da minha casa e eu fui parar uns três ou quatro quarteirões depois. Foi uma caminhada dispensável pra manter a forma física, já que nesse quesito nada anda mantido mesmo, mas serviu pra alimentar a alma. A rua cheia de noite pra todos os lados, só que uma noite como eu gosto, uma noite acordada. Carro pra caralho, gente falando um bla, bla, bla que vira um zunido uniforme no ouvido – e gente fala, viu? Que bom! – sinais abertos, sinais fechados, letreiros coloridos e a noite paulistana pulsando no meu caminho. Tem uma coisa curiosa nesse meu gosto pela noite – pensamento incidental: uma vez eu disse a Thiago (Trad, do Cascadura) que eu achava que gostava da noite porque na verdade preferia dormir de manhã, já que tenho medo de dormir sozinha à noite com tudo quieto e escuro. Ele nem achou uma maluquice (aleluia!) e até comentou que suspeitava que isso acontecia com ele também. Tá aí, se eu for mesmo maluca, ao menos não estou sozinha.
Augusta e eu, ali. Sentindo que estava novamente fazendo parte da noite, uma respiração nostálgica me ocorreu. Sabe aquelas saudades que a gente tem não sabe de que? Eu tenho essas saudades. Até a poluição no ar dava um tom mais dramático à cena. Sim, porque eu vejo a poluição, né? Vejo, sinto o cheiro e, se continuar nesse processo esquizo-caçadora-de-poluição, em breve vou tatear ela e tudo! Ai, ai... sim, a Augusta! A Augusta é um encanto. De noite ela é imbatível. Nas manhãs de domingo, no entanto, é o pior lugar do mundo. Cocô de gente e bêbados pelo chão. Quero passear de carrinho com meu filho e aproveitar o pouco fluxo de carros, mas me rendo ao fato de que é impossível tentar transformar a Augusta em uma garota do bem, de família e diurna. A moça é da boemia, da cachaça na madrugada, da dose de tequila a mais na saideira, da sinuca nos porões dos botecos, da fumaça de cigarro e monóxido de carbono, das putas quase sem roupa nas calçadas mesmo nas noites mais frias, dos porteiros/seguranças das casas noturnas que mantêm a ordem e protegem o cidadão augustano. Ah, Augusta, meu destino é abandonar-te algum dia... e eu que já te quis tanto.
Hoje eu preciso morar na Europa. Tem uma aqui pertinho e chama-se Higienópolis. Preciso de um emprego perto de casa, de grana para pagar um lugar onde tudo é mais caro sabe-se lá porque e também para pegar o táxi, pois não tem metrô lá por perto. E qualidade de vida é não ter carro, lógico. Se um dia eu sentir saudades novamente, dá pra pular a cerca sem nem fazer muito esforço. A Augusta será minha vizinha gostosa. É uma vagabunda que nunca vai deixar de estar disponível mesmo para mulheres e homens casados. E eu terei enfim minha vida dupla feliz e satisfeita: moradora da pacata Higienópolis durante os dias e freqüentadora clandestina da Augusta em algumas ardentes noites. Delícia. Ah, Augusta!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Não nasci pra ter blog

Putaquepariu que eu vivo esquecendo esse blog!

Esqueço de vir visitar, nem sabia que tinham cinco comentários no último post... quando venho, esqueço a senha, blé! Tenho um monte de texto guardado em uma caixinha chamada "meus textos" que fica em "meus documentos", no meu computador que quase todos estão sem fim, aliás, quase todos estão exatamente na metade, blé de novo.... que diabos eu quero com blogs???? Na verdade, eu prefiro fotologs. Para mim, blogs parecem pedir textos mais longos, mais trabalhados e fotologs bastam legendas, alguns textinhos se dá vontade também. Ah, fotologs cabem letras de músicas também. Enfim, minha rotina combina mais com fotologs, mas não pretendo me desfazer disso aqui extamente não. Só não sei o que vou fazer direito com isso. Deixa aí, de vez enquando apareço e vamos ver no que é que vai dar...