quarta-feira, 29 de junho de 2011

pistas

O que faz a gente ficar com uma música grudada na cabeça, alguém já tentou se perguntar isso quando acontece consigo? Claro que já, né? Ou não? Bem, eu, que tenho a tendência de me perder horas e horas tentando entender coisas absolutamente inúteis na vida prática, já pensei várias vezes e tenho algumas considerações para dividir na tentativa de saber mais do assunto. Na verdade, não penso exatamente sobre o que faz grudar uma música na cabeça, porque, não sei se vocês já repararam, mas, pelo menos comigo, o que acontece com freqüência é ficar com uma frase da música na cabeça, ou seja, muito mais chato, é claro. Agora, nesse exato momento, estou pensando em “amanheça de cabeça dentro dela” que ouvi no clipe divulgado com vários outros clipes caseiros da dupla Miranda Kassim e André Frateschi, nesse link aqui quem quiser ir ver http://www.mirandaeandre.com.br/. Mas esse é apenas um exemplo recente. No geral, o que acontece pode ser resumido em:

1 – não se trata de gostar ou não da música, ou da letra - algumas músicas que ficam na minha cabeça eu amo, outras eu odeio, outras não fedem nem cheiram, é fato.

2 – Não se trata da novidade. No caso desse exemplo, realmente acabei de conhecer, mas muitas vezes músicas antigas ficam martelando uma mesma frase na minha cabeça sem parar, a ponto de acabarem parando nos meus sonhos e tudo.

3 – Não creio que tenha a ver com a pegada pop, pois, ao menos comigo, e no caso de frases (não da musica inteira), já experimentei esse fenômeno tanto com as mais popularescas quanto com as mais obscuras, então...

Penso que tudo isso tem a ver com processos psíquicos inconscientes. O que eu tenho matutado aqui, com meus botões é que a tal frase que fica na cabeça é uma pista, uma ponta de um novelo a ser desvendado para segredos sobre mim que eu mesma desconheço. Creio que ela fica insistindo na cabeça porque casou, colou com algum conteúdo que está lá guardado de mim mesma por alguma razão que eu também não sei. Como eu tenho uma queda forte por essa brincadeira de detetive no intangível e improvável mundo dos pensamentos, mais precisamente no reino governado por uma distinta senhora que chamamos Psique, adoraria desvendar cada pista que chega até a mim. No entanto nunca ocorreu que obtivesse sucesso nas minhas empreitadas. Não sei se por falta de mais pistas, ou se, talvez, eu esteja lidando com hipóteses descabidas, ou fracas talvez. “Amanheça de cabeça dentro dela” acordou comigo hoje. Até o final do dia estarei tentando descobrir o que essa frase quer realmente me dizer, “de cabeça dentro dela” para não perder a chance de um trocadilho infame.

domingo, 26 de junho de 2011

a boca

- Eu acho que sei porque você gosta dela...

- Então, me diga.

- É que vocês têm uma boca parecida.

- A boca? Mas o que parece, o formato?

- Também, o formato também parece. Mas tem uma sensualidade na boca que vocês duas têm igual.

terça-feira, 14 de junho de 2011

confiança

- Jura que você não vai perguntar aonde eu fui, com quem eu estava... nada?

- Não, eu confio em você.

- Jura?

- Claro, você não?

- hum... não.