sábado, 26 de fevereiro de 2011

desejos

Não querer é assim: a coisa que a gente mais tem medo nesse mundo. A morte não se teme, meu senhor. A morte não. As coisas de Deus são assim como são. A seca do solo da vontade é que mata o cultivador. Árvore sem frutos, a maçã colhida. Já tinha o paraíso e o fruto proibido do desejo não se deve ter. É o objeto que brinca, que escorrega, que some bolha de sabão no ar e plic, desaparece ao se tentar tocar. Deixa voar, deixa escapar, é assim o viver. Abre a boca e fecha os olhos, adivinhe onde está? Pique-esconde vai procurar! Corre! Vai pegar! Não, amigos, eu não tenho medo da morte. Tenho medo é da hora da brincadeira acabar...