quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

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Senso comum e batido a idéia de que tudo passa. Ela me contou, no entanto, que quando aquele seu ex amor a deixou, ela se humilhou, implorou, chorou tudo o que podia chorar. Ele deu as costas, viajou, abusou e não mais assumiu como seu o amor que já tinha sido dela. Ela aceitou as migalhas, o pouco que ele lhe dava. Nesse meio tempo, ela conheceu alguém disposto a lhe dar mais. Algo, provavelmente, mais perto do que ela merecia (e digo isso porque não conheço de forma tão íntima o sentimento dos envolvidos). O ex amor ameaçado a procurou propondo até casamento! Sim, tudo passa. Muitas vezes só passa. Muitas vezes com essas reviravoltas surpreendentes. Mas o eco que ficou na minha cabeça, por dias, depois de ouvir a história dela, foi a súplica que ela fez, no auge do seu desespero, ao ouvir do seu analista a sentença de que aquela dor passaria: "me diga um dia, uma data, um prazo..."

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