terça-feira, 28 de abril de 2009
a beleza e o exterior
quarta-feira, 1 de abril de 2009
amor
Eu só quero me lembrar do que você foi. Tanto amor.
você conseguiu o que mais ninguém eu vi
sabe-se lá o que será de mim que nao sei amar assim!
sabe-se lá o que serão dos outros...
pena eu tenho desse meu viver
que nunca um outro amor igual vai ter
(para o meu velhinho, meu paizinho amado com tanta, tanta saudade)
quarta-feira, 18 de março de 2009
recidade
quarta-feira, 11 de março de 2009
Tudo que eu tenho (para meu pai)
domingo, 8 de março de 2009
"sugar, spice and all that nice..."
E hoje é dia da mulher… olha só. Nada pra dizer sobre isso. Não me inspira nada o dia da mulher. Talvez eu seja muito desligada de qualquer espírito de luta, de conquista, sei lá... Mas tem muito tempo que eu não escrevo e resolvi pegar o gancho, com a licença das minhas companheiras de gênero: o feminino (para que não haja interpretações falhas).
Nós, mulheres, tão cheias de orgulho da nossa atual condição “exerço-vários-papéis-e-sou-foda,” não é? Quanto a mim, não sei ao certo se gosto dessa configuração não. Me sinto muito mais desesperada para obter bons desempenhos em coisas diversas. Isso é o fim pra uma modalidade mais “ou isto, ou aquilo” que é a minha. Mas essa parte eu prefiro pular. Quero falar de outra coisa. Eu sou do tipo que não tem o menor pudor em dizer que quer vir homem em outra encarnação, se houver. Quero sim. Muito mais fácil. Vou sentir falta só das conversas intermináveis das meninas. Poder falar de relacionamento abertamente à exaustão. Isso é legal. Eu gosto e me diverte. Ah, sentiria falta de por um vestido, um salto e maquiagem, de vez em quando também. Mas acho que só. Ser mãe eu não sentiria porque eu seria pai. Não sei como é ser pai, portanto não posso ter medida de comparação. Mas sofreria menos com certeza. Por isso nos deram uma Eva de presente. Para a gente acreditar que sofremos tanto por merecimento, para pagar nossos pecados. Ah, vamos ser realistas! Mulheres sofrem mais que os homens. Sofremos demais com tudo. Biologicamente eu nem preciso comentar não é? Mas tem todo o resto de lambuja. Sofremos pelo que se deve e pelo que não se deve sofrer. Sofremos mais por nossos filhos, sofremos mais por nossos pais e (como não?) sofremos mais pelos homens. Ah, esses homens! Esses são os nossos calcanhares de Aquiles. Os mestres no quesito nos fazer sofrer. Pois bem. Mas isso tudo é também um pouco da poesia de ser mulher. Quando estamos fora do olho do furacão, conseguimos até admitir que todo esse sofrimento vem de mãos dadas com um certo prazer de sofrer. Vem do drama constituinte da personalidade bolinha e cruz. Ê drama! Ele é nossa glória e perdição! Isso tudo eu não acho ruim. Nada disso é o que me faz dizer que eu preferia ser homem. Que fique claro que eu acho o universo feminino esteticamente mais belo, mais rico, mais interessante. Só que também acho mais difícil (e eu sou da opinião que tudo que é mais difícil é melhor hehehe). O que me faz dizer que eu preferia ser homem é a minha preguiça, só isso. Sou uma preguiçosa confessa. Admiro o difícil, mas adoro uma coisa facinha. Sem querer diminuir os bolinha e seta, por favor. Nem vou entrar nesse quesito porque não se trata de valorizar ou desvalorizar qualquer um dos sexos. Estou fazendo uma generalização grosseira. Só para podermos falar sobre o assunto, certo? Para terminar, quero dizer que gostaria muito que as mulheres fossem cada vez mais amigas uma das outras. Sem essa coisa de achar que qualquer garota é uma rival em potencial, ou sem por a culpa na mulher e não no namorado quando o assunto é traição. Os garotos não são nossos inimigos, mas não se trata de uma estratégia de guerra pensar em pedir mais um pouco de cumplicidade entre as mulheres. Acontece que nós conseguimos entender melhor o que se passa com a outra e, mesmo assim, conseguimos ser tão duras e até mesmo cruéis com nossas semelhantes mais semelhantes que temos. Eu, sinceramente, ia gostar de viver num mundo em que as mulheres exercessem um comportamento mais amoroso entre si. Aí, sim! Talvez assim o 8 de março passasse a fazer mais sentido para mim. Por hora é só. E a saudade das minhas amigas é gigante...
sábado, 3 de janeiro de 2009
o tempo passa, o tempo voa...
Minha madrasta é um ser humano maravilhoso e uma das pessoas mais incríveis que já conheci na vida. Quando ela me chamou atenção para o fato de eu estar me alienando, fez com a melhor das intenções. Ela acreditava que estava ajudando a me educar e a me tornar uma pessoa melhor. Ela apenas não convivia comigo no dia-a-dia para entender o processo pelo qual eu estava passando (eu só ficava com meu pai alguns finais de semana). Todo mundo tem muitas opiniões sobre o que deve ser feito da vida do outro, principalmente quando se está de longe. Aliás, parece que quanto mais longe o outro está mais é fácil opinar sobre a vida dele. As sentenças tão cheias de certezas sobre a minha vida são desprezadas proporcionalmente à distância que o interlocutor em questão tem dela. Me irrita um pouco quando as ouço, devo confessar. Mas me irritam o mesmo tanto que não me servem para nada. Quem sempre conseguiu me ajudar com palavras, conselhos e idéias sobre mim, sempre foram aqueles que estavam pertinho, vivendo comigo alguma história, ou convivendo comigo em meu cotidiano. Felizmente o tempo é generoso com quem está aberto a aprender. Nada como o tempo para trazer sabedoria às nossas experiências. A gente se depara em situações que a vida nos coloca exatamente no lugar em que um dia julgamos alguém, como se dissesse: “vai aí, faz diferente agora”. Muitas vezes, em um momento como esse, temos atitudes idênticas ou iguais àquelas que um dia condenamos no outro. Sempre que me sinto injustiçada no julgamento alheio, penso no tempo. Lembro desse episódio com minha madrasta e mantenho a fé. E fico feliz quando penso que hoje eu admiro ainda mais ela (minha madrasta) quando percebo que ela foi totalmente capaz de ser flexível na educação dos meus irmãos justamente porque ela estava ali, próxima, olhando para eles e não para o que era “o certo” a fazer. Nós duas já tivemos posteriormente as melhores conversas justamente sobre essa coisa de julgar, ou opinar, sobre a vida dos outros. Hoje, tenho muito cuidado quando penso em “achar” algo sobre a vida de alguém, mais ainda que isso, tenho me obrigado a ser sensível o suficiente para não sair dizendo a pessoa o que eu por ventura vier a achar. Não concordo em nada com quem se arvora sinceridade ao dizer o que acha dos outros ou da atitude dos outros “na cara”. Para mim, isso não é mais do que pretensão burra e falta de generosidade. Não se acrescenta nada a ninguém assim. Quem quer ouvir algo, pergunta. E pergunta a quem vai poder realmente ajudar na resposta.
Vai um trecho escrito por Maffesoli que se aplica:
“Nada pior do que alguém querendo fazer o bem, especialmente o bem aos outros. O mesmo se aplica aos que ‘pensam bem’, com sua irresistível tendência a pensar por e no lugar dos outros. Encouraçados em suas certezas, eles não têm espaços para dúvidas. E é claro não apreendem a complexidade da vida”.
Eu sei que sou uma pessoa difícil... pelo menos minha mãe sempre me disse que sou.
... devo ser mesmo.